Como construir um mundo?

Se você está criando seu próprio cenário — seja futurista, contemporâneo ou de fantasia — certamente já se fez essa pergunta: como construir um mundo envolvente e único? Temos inúmeras referências à nossa disposição, de Tolkien a Jorge Luis Borges, de William Gibson a Douglas Adams, Asimov, Érico Veríssimo e tantos outros. Mas como criar algo que se destaque? Será que é necessário desenvolver moedas, geografia, clima, política, idiomas, cultura…?

A verdade é que a lista do que pode ser criado é tão vasta quanto os detalhes do nosso próprio universo — mas isso não significa que você precise de tudo isso.

O mais importante é a experiência dos seus personagens. O que eles veem, cheiram, sentem e experimentam será o que o leitor também perceberá.

Se deseja um mundo rico e envolvente, seus personagens precisam interagir com ele. Um glossário de informações é muito menos interessante do que vê-los lidando com esses aspectos ao longo da história. Deixe que sintam o clima na pele — que tremam de frio, suem sob o sol escaldante, se molhem na chuva inesperada. É muito mais envolvente mostrar um personagem frustrado porque a tempestade transbordou o rio e destruiu a ponte do que simplesmente dizer: “Neste mundo, o verão tem temperaturas entre 20ºC e 31ºC, com chuvas de X milímetros por mês.”

Evite sobrecarregar o leitor com informações irrelevantes para a trama só porque você as planejou. Em vez disso, insira esses detalhes de forma natural, para que contribuam para a história. Assim, seu leitor não apenas conhecerá seu mundo, mas se sentirá parte dele.

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